Seria possível ser bom professor, ensinar, sem planificar?
A meu ver, não.
Quando planeamos estamos a delinear o percurso pelo qual queremos seguir. Escolhemos um caminho, traçamos o melhor itinerário para chegar ao destino. É exatamente como planear uma viagem. Seria possível ou exequível querer viajar de carro até Paris sem saber por que cidades devo passar, sem nunca ter feito essa viagem, sem mapa ou mesmo sem GPS? Seria uma opção de sucesso ir sem nenhuma orientação?
Diria que seria uma bela aventura pelo desconhecido, sem certezas absolutas de se chegar ao destino e sem qualquer previsão de tempo.
Será esse o nosso objetivo enquanto professores? Tenho a certeza que não...
E muito se enganam aqueles que acham que por já ter percorrido uma vez ou outra essa estrada, que a conhecem de olhos fechados. Pois as estradas mudam, entretanto constroem-se cidades, edifícios, rotundas, estradas e autoestradas... É certo que levam experiência e que não vão para o total desconhecido...mas será por isso que não devem planear a sua viagem?
Funciona igualmente com os alunos, as turmas, os anos...o tempo passa, os alunos são diferentes...a experiência não substitui um plano.
É essencial traçarmos e refletirmos quais as ações necessárias para que a aprendizagem seja construída e significativa.
A planificação deve ser feita e pensada de forma intencional e todas as nossas escolhas devem ir de encontro aos objetivos que pretendemos atingir nas várias linhas de ação, tanto quanto às competências como aos conteúdos, que andam de mãos dadas.
A complexidade das propostas, o como, quando, com quem... Tudo deve ser pensado e ser adequado aos ritmos e necessidades de cada aluno e de acordo com a nossa intenção.
A planificação pensada, refletida e articulada é determinante no processo de ensino-aprendizagem e deve ser sempre flexível, reajustada quando necessário, de acordo com o processo que decorre.
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