Atividades final de ano

 Este ano dava um filme!!!


Para finalizar este ano, preparei um dia CINEMA para a última semana deste longo ano letivo!

Sendo assim teremos como atividades:

- Ver um filme!

- Construir um cartucho para pipocas,



- Fazer e comer pipocas,

- Preencher o poster em A3 Este ano dava um filme,


- Preparar um discurso,


- Discursar!


Deixo aqui os materiais em PDF para quem quiser ter um dia digno de Hollywood! 😜

Balanço do ano



Está a chegar o final do ano letivo e é necessário fazer o balanço, pensar no que melhor resultou e o que pelo contrário não teve tanto sucesso...

Final de ano (e que ano!!!) rima com cansaço é certo, mas considero esta fase de autorreflexão fundamental para que o próximo ano seja melhor ainda!

É verdade que poderia ter feito esta reflexão no início do próximo ano, mas agora está tudo fresquinho na cabeça e sendo assim é uma reflexão mais realista e precisa!

Partilho aqui, então, o balanço de algumas práticas/dinâmicas/estratégias...onde refiro como foi, se irei manter e como pretendo fazer para o próximo ano. 

Estou com a cabeça a mil, cheia de ideias para o próximo ano implementar na minha turma/sala, mas partilharei noutra altura quando as ideias estiverem bem assentes e terei de forma mais concreta tudo delineado.


BALANÇO


Artigo sobre responsabilidades (aqui)





Artigos sobre o PIT (aqui)









Artigo sobre o RALLY (aqui)




Artigo sobre o CARTÃO DE DESEMPENHO  (aqui)










Fica aqui o meu balanço! Se entretanto tiver novas reflexões sobre este ano, volto para partilhar! 😉




Organização da sala: Responsabilidades

 

Responsabilidades

 

Na minha sala de aula, os alunos têm sempre responsabilidades ou tarefas como lhes queiram chamar… eu cá gosto mais da palavra responsabilidade! Até porque, a meu ver, é mais do que uma tarefa, é uma responsabilidade que está a cargo deles para o bom funcionamento da sala de aula!

Permitir aos alunos investir na vida da sala é mesmo importante para mim, onde cada um tem um papel fundamental a desempenhar. Sinto que eles também gostam muito, sentem que fazem parte de um todo e se faltar uma peça do puzzle a máquina não funciona!

Normalmente estão afixadas na parede, e cada um mantém a sua responsabilidade durante uma semana ou quinze dias, dependendo da rotina estabelecida em turma.

Este ano, começamos por fazer a troca de responsabilidades semanalmente (em tempo de assembleia) contudo, não estava a funcionar, pois entre o balanço da semana, escolha das responsabilidades e discussão dos assuntos levados a assembleia, falhava sempre algo. Então, decidimos fazer a discussão dos assuntos da assembleia numa semana e a troca de responsabilidades noutra. Assim, estas dinâmicas funcionam de quinze em quinze dias, de forma rotativa.

As responsabilidades são escolhidas por eles, o que faz com que esta dinâmica ocupe bastante tempo…e senti que era um tempo pouco rentável, tempo perdido, digamos assim! Embora seja obviamente bom que possam ser eles a escolher, na verdade, não vi isso como vantagem, pois na realidade estão sempre a trocar de responsabilidade quando escolhem (o que é ótimo, uma vez que experimentam vários papéis) mas sendo assim, a vantagem de escolher é pouca.  

No ano anterior, a atribuição não era feita desta forma, mas através de uma tabela de rotatividade e funcionou bem, acho que vou recuperar este modo de fazer! (prometo partilhar logo que passe do projeto à ação)

Acho que também vai ser necessário ponderar quais as responsabilidades realmente importantes e significativas para eles.

Considero que este ano, uma das vantagens foi ter havido responsabilidades para todos, cada um dos alunos estava envolvido na dinâmica e funcionamento da sala, no entanto, senti que algumas delas caíram no esquecimento e não são realizadas pelos alunos, pelo menos não de forma autónoma, só quando solicitadas.  Vou tentar organizar esta rotina de forma mais eficaz! Entretanto, vou refletir com os alunos sobre quais devemos manter, deixar cair ou criar.

 

Este ano as responsabilidades que tivemos foram:

CALENDÁRIO (2 alunos responsáveis por alterar o calendário mensalmente, colocar diariamente a etiqueta do dia de hoje, ontem e amanhã e destacar momentos importantes para a turma, colocando post-its nos dias em que acontecem, como por exemplo: apresentação do João, aniversário da Filipa, Ler, Contar e Mostrar da Bruna, e tudo o que acharem relevante colocar.)

PRESENÇAS (1 aluno faz a chamada e regista presenças, ausências e atrasos)

RESPONSÁVEIS DE GRUPO (4 alunos – na sala, temos um armário com 4 divisões, o material dos alunos de cada grupo encontra-se na divisão que lhes pertence |manuais, dicionário, cadernos, gramáticas, estojos no final do dia…| os responsáveis agilizam a distribuição e recolha do material, coordenam quem do grupo pode ajudar, e verificam a organização da sua divisão. Estes grupos são estanques ao longo do ano, pois são apenas grupos de material, os alunos não estão necessariamente sentados ao lado dos colegas que pertencem ao grupo do material).

DISTRIBUIÇÃO E RECOLHA DE MATERIAL (3 alunos – estas alunos distribuem material comum a todos quando necessário, como jogos, dados, fichas, folhas, etc.)

LIMPEZA E ARRUMAÇÃO (2 alunos – estes asseguram a correta limpeza e arrumação da sala, mas na verdade, tenho uma turma de alunos bastante regulada neste aspeto…por isso não tem muita utilidade)

APAGAR O QUADRO (2 alunos – apagam o quadro sempre que necessário ao longo do dia, se solicitados, e no final do dia quando arrumamos o material).

ECOLÓGICOS (2 alunos – a ideia era cuidar do ambiente em turma e ajudar a turma a respeitar, apagando luzes, quadro interativo, verificando a separação do lixo…mas mais uma vez, não foi necessário)

PRESIDENTE E SECRETÁRIO (2 alunos – o presidente orienta e dinamiza a assembleia, o secretário regista as ideias. Ao longo dos quinze dias |até a outra assembleia| escrevem a ata, que é lida no início da assembleia seguinte).

ARQUIVAR (2 alunos – temos na sala três gavetas transparentes identificadas com: corrigir (para os alunos colocarem trabalhos para eu corrigir); rever (trabalhos que corrigi mas não estão totalmente corretos, então os alunos têm de rever); arquivar (trabalho corrigido, furado e pronto para ser arquivado). Por cima do armário do seu grupo, cada aluno tem também uma gaveta transparente com o seu nome. Quando um aluno tem lá trabalhos, poderá arrumá-los na sua capa de argolas. Os responsáveis do arquivar devem distribuir os trabalhos do “rever” e colocar os trabalhos do “arquivar” na gaveta de cada um dos alunos.)

RECADOS (1 aluno – Qualquer recado que seja necessário, chamar uma auxiliar, pedir algum material a turmas vizinhas, etc.)

SUBSTITUTO (1 aluno – substitui qualquer responsabilidade de um aluno que esteja a faltar)




 

Este foi o funcionamento deste ano, mas já estou a refletir para o próximo ano e haverá de certeza mudanças! 😉

Estudo Autónomo e PIT - da teoria à prática


Por onde começar?


Como complemento ao artigo sobre o PIT, decidi fazer um vídeo para explicar como é que acontece na prática, isto é claro na minha perspetiva!

Sendo assim, partilho aqui o vídeo com várias dicas, a explicação do preenchimento do PIT que usamos atualmente e conclusões sobre 10 afirmações que são comuns ouvir-se sobre este assunto, vamos lá ver se são reais ou puros mitos! 😉





Organização: cartão de desempenho

 

CARTÃO de DESEMPENHO

 

Hoje venho partilhar o CARTÃO DE DESEMPENHO! Encontrei uma ferramenta semelhante há uns anos, num blog de educação francês, e desde então, uso este recurso com as minhas turmas. O seu uso e layout foram evoluindo com o tempo.

Neste momento o princípio é este:

Cada aluno tem um cartão de desempenho, e tal como diz o nome, o cartão permite reforçar pela positiva o desempenho de cada um.

Sempre que o aluno

se supera,

melhora em algo,

se empenha,

se esforça,

não desiste,

seja qual for a situação e desde que esta seja merecedora de ser recompensada, o aluno recebe um carimbo no seu cartão.

Premeia acima de tudo o esforço, o empenho, a dedicação, a perseverança e a autossuperação.

Não há um momento para o receber, nem o recebem todos, ou seja, diferencia cada um de acordo com o seu ritmo e atitude perante o trabalho. Quando chega à marca (dependendo do layout) recebe alguma coisa… isto é, este ano, e de acordo com a organização da sala recebem 3 pontos (estes pontos podem depois ser trocados por uma bolinha da sorte - tentarei explicar esta rotina num próximo post).

Com esta ferramenta não se pretende chegar a um objetivo grupal, onde cada um se esforça para alcançar algo comum, pois estes sistemas criam injustiças e premeiam apenas os mais fortes, não têm atenção nem a ritmos, diferenças nem individualidades, promovem apenas a competição e egoísmo. Cada carimbo que o aluno tem no seu cartão é ganho pelo esforço e mérito de cada um e não por comparação ao colega do lado. Premeia a superação das fragilidades, o ter ido mais além.



 


Método das 28 palavras

 

Aprender a Ler e Escrever: Método das 28 palavras

 

Qual o melhor método? Eu acho que não há nenhum método melhor do que outro. A meu ver, o que faz a diferença é o professor e a forma como dinamiza o tempo de aula, a postura, as atividades propostas e como leva os alunos a estarem motivados e envolvidos.

Ao longo da minha experiência tive primeiramente contacto com o método sintético-analítico, baseado mais na repetição, embora ultimamente haja um esforço notório até por parte das editoras em oferecer um leque mais variado de atividades que sejam mais interessantes para o aluno.

Contudo a minha maior experiência é com o método das 28 palavras, com o qual trabalhei mais tempo e trabalho quando estou com um primeiro ano.

Este método trabalha com base em situações concretas e reais, recorre à motivação com atividades desenvolvidas em paralelo e concede a meu ver, um maior dinamismo!

É certo que a finalidade de cada um dos métodos é a mesma, mas considero que o método sintético-analítico é mais adequado para ensinar adultos por exemplo, pessoas que já têm consciência da forma como se processa a leitura, que são precisas letras, que em conjunto formarão sons e palavras.

Para mim, o método das 28 palavras é por sua vez, mais adequado às crianças. Estas já percebem que o que fazemos no papel transmite uma mensagem, como por exemplo, com um desenho. Sabem “ler” desenhos, rótulos/marcas e imagens, reconhecem que estas traduzem uma mensagem ou ideia. Assim, quando começam a aprendizagem da primeira palavra da menina, fazem esta fácil associação, comparam a palavra menina com o desenho/imagem de uma menina. Entendem que ambas (tanto a palavra como a imagem) significam a mesma ideia. Brinca-se à volta das palavras dando-lhes significado. Dentro das palavras, vamos procurar os sons que existem e assim separamos por sílabas, neste primeiro caso me -ni- na, cada “parte” representa um som com o qual vamos brincando alternando a ordem. Assim funciona com as primeiras palavras. Conseguem a partir destas, formar novas palavras e pseudopalavras. Este método privilegia o reconhecimento global das palavras. O acesso ao significado da mensagem escrita é realizado essencialmente através da via visual, não passa (numa primeira instância) pela descodificação, mas pelo reconhecimento.

Com a minha experiência defendo o método das 28 palavras pela forma como funciona, não pelas palavras em si. Considero que esta abordagem é possível mesmo num meio onde habitualmente se use métodos diferentes. Pode-se ter manuais que seguem o método sintético-analítico, mas, no entanto, dar a conhecer primeiro palavras, sons, e só depois as letras.

O que é essencial, seja qual for o método, é motivar o aluno, envolvê-lo, “provocar” a necessidade de …, levar os alunos a gostarem de ler e escrever e descobrir o quanto prazeroso pode ser, e com isto tornar a aprendizagem significativa!

 

No vídeo faculto algumas ideias para a abordagem de cada uma das palavras, com atividades motivadoras. Deixo ➡ AQUI os links de cada um dos vídeos que indico para as sugestões de atividades.



Assembleias de Turma


ASSEMBLEIAS DE TURMA


Uma das rotinas semanais/quinzenais que temos na sala são as assembleias com a duração aproximada de 30 a 45 minutos.

Inicio as assembleias logo no primeiro ano, embora evoluam ao longo dos quatro anos.

Durante a semana, os alunos vão registando o que pretendem que seja discutido em assembleia (normalmente a assembleia é realizada à sexta-feira).

No início do primeiro ano, em que os alunos ainda não leem/escrevem, este registo não é ainda feito. A partir do momento em que os alunos já consigam escrever uma ideia, podem então começar a fazer o registo.

De acordo com as turmas, tenho vários modelos para esse efeito.

Temos na sala um cartaz afixado e pode estar dividido de várias formas, também conforme a turma. 

Tenho aqui dois exemplos que já usei:

  • Mais simples: gostei, não gostei ou proponho.
  • Mais complexo com outras sugestões: (principalmente no 3º e 4º ano, depois de entenderem a dinâmica) Parabéns a…/Felicito, Tenho uma ideia/proponho, Tenho um problema/Não concordo…, Como vai a turma?/O que podemos melhorar… e outros assuntos.

Algumas turmas preferem um modelo em que todos podem ir consultando as ideias que são registadas ao longo da semana, e então os comentários estão expostos. Mas frequentemente acontece que a turma, não quer que estes comentários fiquem visíveis ao longo da semana, então têm os papeis coloridos à disposição para usarem e colocam-nos depois numa caixa que só é aberta na assembleia.

 



Para a realização das assembleias, temos dois responsáveis para a sua dinamização: o presidente e o secretário.

- O presidente guia a “conversa” entre todos. Vai retirando os papéis da caixa/parede com os comentários e promover a discussão sobre estes.

- O secretário regista as ideias num esquema de rascunho.

Durante a semana, os dois juntam-se para elaborar a ata que será lida na próxima assembleia.

Num primeiro ano, sou eu que tiro as notas e faço a ata. No quarto ano, os alunos já conseguem escrever as notas e ata sem recorrer ao modelo/guia.








 

Num primeiro ano, a assembleia é inicialmente guiada por mim. Aos poucos, os alunos ganham cada vez mais autonomia, até que eu “desapareça” da frente para me sentar com eles e entrar na discussão. Pretendo assim, que a turma consiga fazer a sua autogestão e autorregulação enquanto grupo.

Adoro este espaço/momento de partilha entre todos, onde fomento a escuta atenta sobre o que os outros pensam; o poder de crítica sobre o que é dito tecendo uma opinião fundamentada e a relevância do que é partilhado 

Nas primeiras assembleias, os alunos têm tendência a fazer da assembleia um momento de queixinhas. Ao longo das assembleias, vou desconstruindo esta ideia com eles, dizendo que quando trazemos um problema para a assembleia é porque não o conseguimos resolver sozinhos (apesar de ter tomado algumas medidas) e desta forma precisamos da turma para arranjar uma solução. Assim, os problemas e conflitos inerentes à existência do grupo, quer ao nível do trabalho, quer ao nível dos sentimentos experimentados na relação interpessoal, passam então a ser resolvidos pelo próprio grupo.

 

OBJETIVOS da assembleia:

ü  - Mobilizar os alunos para uma intervenção organizada e ativa na vida da turma, através de suas estruturas democráticas;

ü  - Desenvolver valores, atitudes e práticas que contribuam para a formação de cidadãos conscientes e participativos na sociedade;

ü  - Desenvolver a criatividade e a autonomia, estimular a reflexão e possibilitar a intervenção dos alunos.

 

Cada um dois alunos, como parte de um grupo, deve aprender a:

ü  Exprimir-se para intervir;

ü  Organizar as ideias para participar;

ü  Escutar os outros;

ü  Distinguir uma opinião de um facto;

ü  Reconhecer a legitimidade de outros pontos de vista aceitando a existência de opiniões diferentes;

ü  Ser capaz de estabelecer consensos e,

ü  Ser capar de resolver problemas.








INTERESSANTE no id&ias em prática